domingo, 3 de julho de 2016

romance, romance, romance

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— Já está nas leituras de verão? Que livro é esse?
— Um romance de primas em 258 páginas.
— Parece interessante. Está a gostar?
— Bastante. Está escrito na primeira pessoa, como se fosse um diário, mas sem uma sequência cronológica. Como se a protagonista se fosse lembrando de episódios da sua vida.
— Hum… E quem é essa personagem?
— A Joana Moisés do título, uma jornalista. Os capítulos vão de 1973 até 2009, e passam-se em Moçambique, Lisboa, Cascais, Londres e Andorra.
— Tudo isso?
— As histórias são rápidas. E algumas bastante divertidas. Nem se dá conta das páginas que ficam para trás.
— Cenas explícitas?
— Algumas. Afinal, isto é um livro de temática lésbica.
— Quantos capítulos?
— Vinte e sete, com referência aos anos em que se passaram, e a maioria com o nome das pikenas que os protagonizaram.
— Então a protagonista não é a Joana Moisés?
— É, claro. Mas depois vai-se envolvendo com as outras pikenas, que têm direito a um ou mais capítulos cada uma, conforme a importância e os detalhes de cada relação. Outros são experiências por que passou, descobertas e por aí fora.
— Acha que a autora se autobiografa aí?
— Na nota introdutória diz que não.
— E é conhecida?
— Nem por isso. Jornalista, com mais umas publicações, poemas, histórias para crianças, contos, blogues.
— Houve lançamento?
— Ainda não. O prefácio é do Albino Cunha, da Janela Indiscreta, que produz o Queer Lisboa.
— Parece-me bem. Despache-se lá a ler isso para eu lhe deitar uma vista de olhos.
— Não se preocupe, porque estou morta por saber com qual é que ela fica no fim.
— Depois dessa agitação toda, devia era virar celibatária…
(in Tangas Lésbicas: romance, romance, romance)

terça-feira, 28 de junho de 2016

Lançamento: 'Os cadernos de Joana Moisés'


Os Cadernos de Joa­na Moisés, narrativa na primeira pessoa que se passa entre a Beira (Moçam­bique),  Lis­­boa, Cascais, Andorra e Lon­­dres, descreve os ambientes reconhecidamente fre­quen­­tados por várias gerações de ho­mossexuais. 
As relações afectivas entre mulheres de uma geração que viveu entre a quase total clan­des­tini­dade e a mais recente abertura e reco­nhe­cimento so­cial são o tema deste romance.
De forma simples, di­recta e com humor, aborda as diatribes da maioria das relações homossexuais, a in­fide­lidade, o tráfico sexual, a dependência de drogas, a violência e o ambiente que rodeou as primeiras pessoas infectadas com vírus da imu­nodeficiência humana.
Marita Moreno Ferreira, jornalista, começou por publicar um livro de poesia, Múltiplos de ti, seguido de A Baleia Constipada e outras histórias, uma co­lecção de quinze histórias para crianças, ilustrou Inês, a Pipoca, também para o público infantil, e participou na colectânea Contos da diferença.